Enfocando práticas de escrita e letramento dos pobres, daqueles que sempre consideramos excluídos do mundo culto, Cartografias da Cidade (In)Visível delineia um quadro renovado. Enveredando por abordagens novas, o livro mostra como alguns que, tidos como excepcionais, pois de origem popular e negros, produziam a escrita educada dos romances, poesias ou artigos de jornal – como Machado de Assis e Lima Barreto – eram também produtos do sistema escolar do Império, menos excludente do que supomos. A maioria, no entanto, se inseria no universo escrito pelas bordas, por meio de formas de letramento que costumamos chamar de incompletas, mas que se revelam como estratégias de inclusão significativas. Recuperar a participação de escravos, libertos e livres no mundo fechado da alta cultura e da escrita nos permite superar mais uma barreira que, por muito tempo, antepôs aqueles que tiveram o privilégio de fazer a história – de narrá-la segundo seus pontos de vista – aos que, aparentemente, apenas a tinham sofrido! (fragmento do texto de Maria Helena P. T. Machado- Professora Titular – Depto. de História- USP)
Giselle Martins Venancio é doutora em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em História pela Universidade Federal Fluminense e licenciada em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Realizou estágio de Doutorado sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, França.
María Verónica Secreto é doutora em História Econômica pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense e se graduou em História na Universidade Nacional de Mar Del Plata, na Argentina.
Gladys Sabina Ribeiro é doutora em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em História do Brasil pela Universidade Federal Fluminense, bacharel e licenciada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e fez Especialização em História do Brasil na Universidade Federal Fluminense