
Current Trends in Slavery Studies in Brazil
Paulos Cruz Terra (org.), 2023Stephan Conermann (org.)
Mariana Dias Paes (org.)
Roberto Hofmeister Pich (org.)
Escravos africanos foram trazidos para o Brasil já em 1530, com a abolição em 1888. Durante esses três séculos, o Brasil recebeu 4.000.000 africanos, mais de quatro vezes mais do que qualquer outro destino americano. Comparativamente falando, o Brasil recebeu 40% do número total de africanos trazidos para as Américas, enquanto os EUA receberam aproximadamente 10%. Devido a esse enorme influxo de africanos, hoje a população afrodescendente do Brasil é maior do que a população da maioria dos países africanos. Portanto, não é surpresa que os Estudos da Escravidão sejam um dos campos mais consolidados da historiografia brasileira. Nas últimas décadas, uma série de discussões floresceu sobre questões como agência escrava, escravidão e lei, escravidão e capitalismo, famílias escravas, demografia da escravidão, tráfico transatlântico de escravos, abolição etc. Além desses campos mais consolidados, a pesquisa atual se concentrou na escravidão ilegal, perspectivas globais sobre escravidão e tráfico de escravos, escravidão e gênero, o engajamento de diferentes grupos sociais no movimento abolicionista ou conexões atlânticas. Levando em consideração essas novas tendências dos estudos sobre escravidão no Brasil, este volume de artigos coletados dá aos principais acadêmicos a chance de apresentar suas pesquisas a uma comunidade acadêmica mais ampla. Assim, o leitor interessado conhece mais detalhadamente essas tendências atuais na historiografia brasileira sobre escravidão.

Nascidos na escravidão. Depoimentos norte-americanos
Tâmis Parron (org.), 2020Paul D. Escott (org.)
Inéditas no país, aqui estão reunidas narrativas de 204 ex-escravizados norte-americanos sobre temas centrais da escravidão nas Américas: cultura negra, resistência, violência, relações familiares durante a escravidão, trabalho, emancipação. Coletadas através do Projeto Federal de Escritores (FWP), pertencente ao órgão Administração do Progresso no Trabalho (WPA), criado na esteira da Crise de 1929 para garantir a renda de escritores desempregados, as narrativas revelam a memória de milhares de pessoas sobreviventes ao trauma da escravidão. Ao todo, o Projeto Federal de Escritores salvou 2400 narrativas, aproximações de dentro, em perspectiva única, do que foi o escravismo sulista norte-americano, que às vésperas da abolição da escravatura contava com 4 milhões de escravizados em seus campos de trabalho.

Ação; reação; transação: duas palavras acerca da atualidade política do Brasil. Introdução, notas e tradução de T. Parron.
Justiniano José da Rocha. Introdução, notas e tradução de T. Parron, 2016Neste livro, fiz uso da história política imperial e do método hermenêutico contextualista de Cambridge para apresentar uma nova leitura do célebre panfleto de Justiano José da Rocha. O livro contém o texto do escritor doutrinário francês Jean-Baptiste Capefigue que serviu de matriz retórica para a redação de Ação; reação; transação.

Slavery and Politics: Brazil and Cuba, 1790-1850.
Tâmis Parron, 2016M. Berbel
Rafael Marquese
Tradução para o inglês do livro Escravidão e política: Brasil e Cuba, 1790-1850, com atualização bibliográfica e nova conclusão.

A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865.
Tamis Parron, 2011Apresentei neste livro um enquadramento analítico para definir como os interesses escravistas do Império do Brasil se processavam na macropolítica nacional. Os resultados de pesquisa sugerem que o Estado brasileiro teve participação ativa na escravização ilegal de mais de 700 mil africanos entre 1831 e 1850.

Escravidão e política: Brasil e Cuba, 1790-1850.
Tâmis Parron, 2010M. Berbel
R. Marquese
Fruto de parceria intelectual com Márcia Berbel e Rafael Marquese, este livro estuda as relações entre escravidão e política no Brasil e em Cuba de 1790 a 1850. Sugerimos nele que as ações políticas e os enunciados ideológicos de escravistas brasileiros e cubanos foram vetores do processo mais amplo de formação da ordem mundial capitalista e liberal do século 19.

Cartas a favor da escravidão. Introdução e notas de T. Parron.
José de Alencar. Introdução e notas de T. Parron. , 2008Neste livro recoloquei em pauta as relações tensas entre cânone literário, escravidão negra e ideologia escravista no Brasil. Os escritos escravistas de José de Alencar sistematizaram os fundamentos do pensamento conservador brasileiro e do mito da democracia racial, reatualizados com força na República pós-1988.

Iracema. Introdução e notas de T. Parron.
José de Alencar. Introdução e notas de T. Parron., 2006Este livro apresenta, de maneira didática, um dos textos mais célebres da prosa de ficção brasileira. Durante sua preparação tive minha primeira experiência com estabelecimento de texto, composição de prefácio e redação de notas explicativas, procedimentos editoriais que usaria em Cartas a favor da escravidão.