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Paulo Cruz Terra


UFF

Professor de História do Brasil República no Departamento de História, da Universidade Federal Fluminense, também atua no Programa de Pós-graduação em História da mesma instituição. Foi bolsista CAPES-Alexander von Humboldt Stiftung na Universität Bonn, na modalidade de “pesquisador experiente”. Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2 e Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Foi eleito em 2022 como Membro Afiliado da Academia Brasileira de Ciência. É membro da diretoria da da ANPUH, Seção Regional Rio de Janeiro, e da diretoria da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO). É um dos editores da Série Social History of Punishment and Labour Coercion, da Amsterdam University Press. Faz parte do Conselho Editorial da Série “Work Around the Globe: Historical Comparisons and Connections”, parceria da UCL do International Institute of Social History. Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Finalizou o mestrado em História na Universidade Federal Fluminense, em 2007, e o doutorado na mesma instituição, em 2012. Sua tese foi premiada, e publicada, pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: história do trabalho, história global do trabalho e história do transporte.

Livros publicados


Livro Current Trends in Slavery Studies in Brazil

Current Trends in Slavery Studies in Brazil

Paulos Cruz Terra (org.), 2023
Stephan Conermann (org.)
Mariana Dias Paes (org.)
Roberto Hofmeister Pich (org.)

Escravos africanos foram trazidos para o Brasil já em 1530, com a abolição em 1888. Durante esses três séculos, o Brasil recebeu 4.000.000 africanos, mais de quatro vezes mais do que qualquer outro destino americano. Comparativamente falando, o Brasil recebeu 40% do número total de africanos trazidos para as Américas, enquanto os EUA receberam aproximadamente 10%. Devido a esse enorme influxo de africanos, hoje a população afrodescendente do Brasil é maior do que a população da maioria dos países africanos. Portanto, não é surpresa que os Estudos da Escravidão sejam um dos campos mais consolidados da historiografia brasileira. Nas últimas décadas, uma série de discussões floresceu sobre questões como agência escrava, escravidão e lei, escravidão e capitalismo, famílias escravas, demografia da escravidão, tráfico transatlântico de escravos, abolição etc. Além desses campos mais consolidados, a pesquisa atual se concentrou na escravidão ilegal, perspectivas globais sobre escravidão e tráfico de escravos, escravidão e gênero, o engajamento de diferentes grupos sociais no movimento abolicionista ou conexões atlânticas. Levando em consideração essas novas tendências dos estudos sobre escravidão no Brasil, este volume de artigos coletados dá aos principais acadêmicos a chance de apresentar suas pesquisas a uma comunidade acadêmica mais ampla. Assim, o leitor interessado conhece mais detalhadamente essas tendências atuais na historiografia brasileira sobre escravidão.

Livro Tensões políticas, cidadania e trabalho no longo Oitocentos

Tensões políticas, cidadania e trabalho no longo Oitocentos

Gladys Sabina Ribeiro (org.), 2021
Karoline Carula (org.)

Os interesses dos pesquisadores do CEO reunidos no projeto Universal “Poderes políticos, trocas culturais e cidadania em dois momentos (1840-1857 e 1870- 1920)” giram ao redor da problemática e da discussão historiográfica sobre a formação da Nação e
da cidadania, no longo século XIX.
Desta forma, este livro surgiu do diálogo e das conexões entre os pesquisadores do CEO, do NEMIC e do HEQUS, núcleos de investigação pertencentes ao Instituto de História da UFF. A centralidade do Estado e das suas instituições, ao longo do Oitocentos e dos primeiros anos da República, foram chaves importantes para analisar a atuação tanto de grupos sociais, quanto de políticos inseridos em seus partidos; a situação de trabalho de escravos, de libertos e de livres; bem como problemas econômicos variados desenhados nos anos oitocentos e iniciais da República. Contudo, essa perspectiva não negligenciou a compreensão dos períodos tratados e das mudanças ocorridas como decorrência da negociação permanente entre o governo e os movimentos e demandas oriundas da sociedade organizada ou não.

Livro Portugueses e Cidadãos: experiências e identidades nos séculos XIX e XX

Portugueses e Cidadãos: experiências e identidades nos séculos XIX e XX

(org.), 2018
Paulo Cruz Terra (org.)
Gladys Sabina Ribeiro (org.)
Fabiane Popinigis (org.)

Portugueses e cidadãos. Experiências e identidades nos séculos XIX e XX descortina para os leitores a realidade da imigração portuguesa e suas lutas no cotidiano brasileiro de então. A Constituição de 1891 separou as ‘qualidades’ e os ‘direitos” dos “cidadãos brasileiros’. Ao fazer essa operação, dissociou a cidadania da nacionalidade vinculada ao local de nascimento. Ampliou também a possibilidade da aquisição de direitos ao estabelecer um vínculo jurídico entre o indivíduo e o Estado. Embora sacramentada apenas no início da República, essa era a interpretação que tiveram os portugueses naturalizados e os que mantiveram a nacionalidade de origem em todo o Império. Os lusitanos não prescindiram da nacionalidade, mas usaram os diplomas legais a partir de suas experiências, nexo necessário para se sentirem cidadãos: os direitos destes estavam vinculados ao pertencimento e se faziam no espaço público como local de igualdade. A obra mostra os meandros da imigração portuguesa, revelando diversos ângulos e facetas ainda pouco conhecidos pelo público brasileiro.

Livro História das relações de trabalho: Brasil e Portugal em perspectiva global.

História das relações de trabalho: Brasil e Portugal em perspectiva global.

(org.), 2017
Paulo Cruz Terra (org.)
Raquel Varela (org.)

Livro Cidadania e trabalhadores: cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906)

Cidadania e trabalhadores: cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906)

Paulo Cruz Terra, 2013

Cocheiros e Carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906). Livro revela que problemas com transporte público no Rio de Janeiro existem desde os tempos das carroças puxadas por burros. 305 p. Tamanho: 21 x 14 x 2 cm (Livro novo). – Resumo: 1) História social do transporte do Rio de Janeiro – final do século XIX e início do XX; 2) Os cocheiros e carroceiros e as leis; 3) Greves: os trabalhadores entram em cena; 4) Os cocheiros e carroceiros e o movimento operário. Epílogo: Cidadania e trabalhadores no Rio de Janeiro – final do século XIX e início do XX.

Livro Faces do trabalho: escravizados e livres

Faces do trabalho: escravizados e livres

Paulo Cruz Terra (org.), 2010
Marcela Goldmacher (org.)
Marcelo Badaró (org.)

A coletânea reúne artigos que apresentam as diferentes faces do trabalho ao longo do século XIX e das primeiras décadas do século XX. Não só a face do trabalho “livre” e branco, mas também aquela negra, escravizada e “liberta”.

Desta forma, os textos se inserem no esforço recente da historiografia brasileira de aproximar os estudos sobre os mundos da escravidão daqueles sobre os mundos do trabalho, estes últimos antes percebidos como quase que exclusivos das pesquisas sobre o “movimento operário”.

Projetos de pesquisa em andamento


Projetos de pesquisa concluídos


Orientandos