
História, como se faz? Exercícios de metodologia da história sobre escravidão e liberdade
María Verónica Secreto (org.), 2022Jonis Freire (org.)
O destinatário do livro pode ser qualquer leitor curioso, mas principalmente os estudantes e jovens investigadores que se interrogam sobre as formas da pesquisa em história. Os organizadores partem de uma evidência, a de que o “manual” de metodologia da história é um gênero pouco cultivado, se comparado com os das ciências sociais. Nesse sentido, o livro vem preencher um vazio. A obra em mãos não é um manual propriamente dito; ele tem um recorte temático. Apresenta fontes e tratamentos metodológicos em torno da escravidão e liberdade.

Múltiplos olhares sobre o Oitocentos
Gladys Sabina Ribeiro (org.), 2021Paulo Cruz Terra (org.)
O II Seminário de Pós-Graduandos dos núcleos de pesquisa Centro de Estudos do Oitocentos (CEO)- UFF, Núcleo de Estudos de Migrações, Identidades e Cidadania (NEMIC) – UFF, Grupo de Pesquisa O Primeiro Reinado em revisão – UFRJ / UFF e História Econômica Quantitativa e Social (HEQUS)- UFF foi realizado entre 7 e 9 de junho de 2021, como atividade do Projeto Universal Poderes políticos, trocas culturais e cidadania em dois momentos (1840-1857 e 1870 a 1920).
Ao apresentar textos selecionados a partir de pareceres ad hoc, o livro Múltiplos olhares sobre o Oitocentos pretende não apenas incentivar o diálogo entre pesquisadores de diferentes instituições, vinculados aos núcleos acima citados, como também estreitar as trocas acadêmicas sobre o longo século XIX brasileiro.
A multiplicidade de pesquisas está demonstrada nas quatro partes que constituem o livro, sendo a primeira delas intitulada “Escravidão e liberdades”. A segunda parte do livro apresenta textos relacionados à economia e sociedade no Oitocentos. A terceira parte reúne capítulos em torno das práticas culturais e do trabalho no século XIX. A quarta e última parte é dedicada às perspectivas políticas no Oitocentos.
Os estudos aqui reunidos, frutos de pesquisas inovadoras de pós-graduandos ligados aos núcleos mencionados anteriormente, trazem, portanto, múltiplos olhares sobre o Oitocentos. Nesse sentido, os leitores encontram análises sobre a escravidão e liberdades, economia, relações de trabalho, educação, moda e política. Esperamos que os textos possam suscitar novos debates sobre o longo século XIX brasileiro.

Tensões políticas, cidadania e trabalho no longo Oitocentos
Gladys Sabina Ribeiro (org.), 2021Karoline Carula (org.)
Os interesses dos pesquisadores do CEO reunidos no projeto Universal “Poderes políticos, trocas culturais e cidadania em dois momentos (1840-1857 e 1870- 1920)” giram ao redor da problemática e da discussão historiográfica sobre a formação da Nação e
da cidadania, no longo século XIX.
Desta forma, este livro surgiu do diálogo e das conexões entre os pesquisadores do CEO, do NEMIC e do HEQUS, núcleos de investigação pertencentes ao Instituto de História da UFF. A centralidade do Estado e das suas instituições, ao longo do Oitocentos e dos primeiros anos da República, foram chaves importantes para analisar a atuação tanto de grupos sociais, quanto de políticos inseridos em seus partidos; a situação de trabalho de escravos, de libertos e de livres; bem como problemas econômicos variados desenhados nos anos oitocentos e iniciais da República. Contudo, essa perspectiva não negligenciou a compreensão dos períodos tratados e das mudanças ocorridas como decorrência da negociação permanente entre o governo e os movimentos e demandas oriundas da sociedade organizada ou não.

Poderes, cidadania, trocas culturais e socioeconômicas no Oitocentos
Gladys Sabina Ribeiro (org.), 2021Karoline Carula (org.)
O livro Poderes, cidadania, trocas culturais e socioeconômicas no Oitocentos é fruto do trabalho coletivo de pesquisa realizado por pesquisadores e pós-graduandos vinculados aos núcleos de pesquisa Centro de Estudos do Oitocentos (CEO)- UFF, NEMIC (Núcleo de Estudos de Migrações, Identidades e Cidadania) – UFF, Grupo de Pesquisa O Primeiro Reinado em revisão – UFRJ / UFF e História Econômica Quantitativa e Social (HEQUS) – UFF. Estes grupos de pesquisa, unidos ao redor da problemática traçada no Projeto Universal Poderes políticos, trocas culturais e cidadania em dois momentos (1840-1857 e 1870 a 1920), realizaram um seminário dos dias 21 a 23 de maio de 2019 para apresentar e debater os resultados das suas investigações. Nesse evento, orientandos dos pesquisadores envolvidos no projeto, e daqueles vinculados aos núcleos nominados, apresentaram suas pesquisas em desenvolvimento, naquela ocasião.

Raça, Gênero e Classe: trabalhadores(as) livres e escravizados(as)
Jonis Freire (org.), 2020Karoline Carula (org.)
Os capítulos reunidos neste livro versam sobre o(s) universo(s) dos trabalhos de homens e mulheres, livres e escravizados(as), no Brasil escravista (século XIX), no pós-abolição e na contemporaneidade. Neles, as categorias de raça, gênero e classe mostram-se imbricadas nas abordagens de várias investigações que compõem a obra. No tocante aos períodos escravista e do pós-abolição, os estudos de casos analisam recortes geográficos diversos – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul, este em comparação com Santiago de Cuba. Já aqueles cujas temáticas centram-se no contraponto da atualidade, as reflexões discorrem acerca da sociedade brasileira de forma ampla. A obra evidencia a exploração do(a) trabalhador(a), livre e escravizado(a), marcada por questões relativas a raça, classe e gênero, porém, da mesma maneira, ressalta a agência desses(as) homens e mulheres na luta por melhores condições sociais e de trabalho.

Darwinismo, raça e gênero: Projetos modernizadores da nação em conferências e cursos públicos (Rio de Janeiro, 1870-1889)
CARULA, Karoline, 2016O livro busca delimitar os contornos de um discurso científico/cientificista, presente de modo mais intenso no último quartel do Oitocentos, que fundamentou argumentos de projetos modernizadores da nação, quais sejam, a aplicação da teoria de Darwin à sociedade, a hierarquização racial e a criação de uma boa mãe de família burguesa, nos moldes europeus. Essas três propostas modernizadoras foram apresentadas e discutidas nas Conferências Populares da Glória, nos cursos públicos do Museu Nacional e em algumas conferências “Avulsas” – então espaços públicos de vulgarização científica –, todos realizados na capital imperial entre os anos de 1870 e 1889.

Tradição e modernidade no mundo iberoamericano.
CARULA, Karoline; PRADO, M. E. C. (Org.) ; CORREA, M. L. (Org.) . (org.), 2016Reunindo versões ampliadas e revistas por seus autores de textos previamente selecionados entre as comunicações apresentadas no XI Colóquio Tradição e Modernidade no Mundo Iberoamericano. Intelectuais, Nação e Cultura: Movimentos, Identidades e. Migrações, esse e-book contém 12 capítulos. O critério adotado nessa seleção foi o de promover uma análise aprofundada da temática dos intelectuais no espaço ibero-americano e, em especial, no Brasil, compilados segundo os eixos temáticos e cronológicos que organizam as duas partes do livro, Modernidade e progresso (século XIX) e Modernidade e nação (século XX). Para os intelectuais hispano-americanos e luso-brasileiros, a questão nacional sempre se apresentou como um desafio. A manutenção ou a ruptura com o legado ibérico ocupa lugar destacado em suas formulações. Nesse sentido, a adoção de medidas institucionais e sociais capazes de viabilizar nesses países a construção do modelo político e social que define a modernidade pode implicar a quebra dos modos tradicionais de organização da sociedade e de construção do Estado. Nesse embate de ideias, práticas políticas e modelos culturais, a América Latina implantou, ao longo do século XX, instituições políticas modernas, sem que deixassem de existir práticas políticas que indicam a permanência de valores ibéricos tradicionais. Tal constatação sugere a perscrutação dos conteúdos da vida política e social ibérica em seus momentos fundadores, pensados com base no período colonial, e em suas manifestações contemporâneas, em particular no que diz respeito à formação dos chamados blocos com a Europa e o Mercosul. Assim, os pesquisadores integrantes da iniciativa se debruçaram sobre as diferentes conjunturas, temporalidades e espacialidades que compõem o chamado “mundo ibérico”, examinando suas especificidades na cultura política moderna. Ao longo de todo o século XIX, a América ibérica foi palco de acirrada disputa no campo das ideias e das práticas políticas em torno dessa temática. A questão dos paradigmas a serem seguidos se encontrava no centro de tal debate: tornar os novos Estados o mais próximos possível dos modelos representados pela Grã-Bretanha e pela França ou voltar-se ao modo como o Estado norte-americano foi construído, viabilizando-se o abandono do legado colonial. A possível definição de uma dualidade entre o que é ibérico e o que pode ser anglo-saxônico constituiu, assim, o objeto central dos debates que resultaram nesta publicação.

Os intelectuais e a nação: educação, saúde e a construção de um Brasil moderno.
CARULA, Karoline; ENGEL, M. G. (Org.) ; CORREA, M. L. (Org.) . (org.), 2016Organizado pelas historiadoras Karoline Carula, Magali Gouveia Engel e Maria Letícia Corrêa, o livro “Os Intelectuais e A Nação” vem, por certo, ocupar um lugar de destaque. Centrado na temática dos intelectuais e seus diversos projetos para o Brasil, bem como em suas diferentes leituras acerca da questão nacional, o livro foi organizado a partir de dois grandes eixos: “A questão nacional e a educação” e “A questão nacional e a saúde”. Foram extremamente felizes as organizadoras na escolha desses que se constituíram em dois temas fundamentais no debate intelectual e político do Brasil desde os finais do século XIX, assim permanecendo ao longo da primeira metade do século XX.

A tribuna da ciência: as Conferências Populares da Glória e as discussões do darwinismo na imprensa carioca (1873-1880)
CARULA, Karoline, 2016O livro busca delimitar os contornos de um discurso científico/cientificista, presente de modo mais intenso no último quartel do Oitocentos, que fundamentou argumentos de projetos modernizadores da nação, quais sejam, a aplicação da teoria de Darwin à sociedade, a hierarquização racial e a criação de uma boa mãe de família burguesa, nos moldes europeus. Essas três propostas modernizadoras foram apresentadas e discutidas nas Conferências Populares da Glória, nos cursos públicos do Museu Nacional e em algumas conferências “Avulsas” – então espaços públicos de vulgarização científica –, todos realizados na capital imperial entre os anos de 1870 e 1889.