
A presença britânica no império do Brasil: o caso da firma Edward Johnston & Co. no Rio de Janeiro, c.1842-c.1852
Carlos Gabriel Guimarães, 2023O presente livro teve como objetivo geral analisar a organização e a atividade comercial da firma britânica Edward Johnston & Co. no Rio de Janeiro do período c.1842 a c.1852. Pretende também analisar a questão mais geral presente na historiografia brasileira da preeminência britânica no Brasil oitocentista, como também da relação de dependência e subordinação da economia brasileira e economia-mundo sob hegemonia britânica. O estudo de caso da firma inglesa, um estudo que conjuga a História Econômica e a Business History, não consiste num estudo de caso em si mesmo, mas parte de uma totalidade. Como ressaltou Marc Bloch, “Nada há mais legítimo, nem, frequentemente, de mais salutar, que centrar o estudo de uma sociedade, num dos seus aspectos particulares, ou, melhor ainda, num dos problemas precisos que este ou aquele desses aspectos suscita: crenças, economia, estruturas das classes ou dos grupos, crises políticas. . . Em resultado essa escolha reflectida, os problemas não ficarão apenas, em geral, formulados com maior firmeza: os próprios factos de contacto e de troca ficarão realçados com maior nitidez. Sob a condição, simplesmente, de que queremos descobri-los”.

Tensões políticas, cidadania e trabalho no longo Oitocentos
Gladys Sabina Ribeiro (org.), 2021Karoline Carula (org.)
Os interesses dos pesquisadores do CEO reunidos no projeto Universal “Poderes políticos, trocas culturais e cidadania em dois momentos (1840-1857 e 1870- 1920)” giram ao redor da problemática e da discussão historiográfica sobre a formação da Nação e
da cidadania, no longo século XIX.
Desta forma, este livro surgiu do diálogo e das conexões entre os pesquisadores do CEO, do NEMIC e do HEQUS, núcleos de investigação pertencentes ao Instituto de História da UFF. A centralidade do Estado e das suas instituições, ao longo do Oitocentos e dos primeiros anos da República, foram chaves importantes para analisar a atuação tanto de grupos sociais, quanto de políticos inseridos em seus partidos; a situação de trabalho de escravos, de libertos e de livres; bem como problemas econômicos variados desenhados nos anos oitocentos e iniciais da República. Contudo, essa perspectiva não negligenciou a compreensão dos períodos tratados e das mudanças ocorridas como decorrência da negociação permanente entre o governo e os movimentos e demandas oriundas da sociedade organizada ou não.

Credito & descrédito: relações sociais de empréstimos na América – séculos XVIII e XX.
, 2018Luiz Fernando Saraiva (org.)
Carlos Gabriel Guimarães (org.)
Este livro oferece uma contribuição importante para a historiografia financeira do Brasil e da América Latina. Os organizadores respondem perguntas importantes com metodologias e novas conclusões.
A historiografia econômica brasileira exibe duas trajetórias: examinar a micro ou macroeconomia, exclusivamente, ou, ainda, enfatizar os sucessos e fracassos da economia.
Aqui se encontra uma análise bem mais detalhada. Na maioria dos casos, os historiadores do Brasil estudam bancos e bolsas de valores. Esta coletânea abra campo à maioria dos atores financeiros e a uma variedade impressionante de situações da intermediação.

Ramificações ultramarinas: sociedades comerciais no âmbito do atlântico luso: século XVIII.
(org.), 2018Antonio Carlos Jucá (org.)
Alexandre Ribeiro (org.)
Carlos Leonardo Kelmer (org.)
Carlos Gabriel Guimarães (org.)
Esta coletânea corrige a falta de estudos mais aprofundados sobre o Atlântico luso-afro-brasileiro de maneira magistral e oferece muito mais para o leitor! Novos e já consagrados autores dialogam não só com os clássicos brasileiros, mas também com os clássicos internacionais. A obra situa a História do Brasil no contexto Atlântico e global, apontando para novas temáticas e enquadramentos que vão certamente ter um peso marcante na produção sobre o Brasil colônia. O livro revela um império português com centros de poder localizados não só em Lisboa, mas também no Brasil, assim como redes de comércio que integravam o Brasil não só aos continentes africano e europeu, mas se inseriam em trocas globais de comércio com a Ásia. Por fim, lança luzes instigantes e sugestivas sobre as ramificações globais dos impérios europeus da época moderna.

Ensaios de História Econômico social: Séculos XIX e XX
Carlos Gabriel Guimarães (org.), 2012Théo Lobarinhas Pinero (org.)
Pedro H. P. Campos (org.)
Dividido em duas partes, séculos XIX e XX, este livro apresenta ao leitor dez textos produzidos por professores e doutorandos do Polis (Laboratório de História Econômico-social da Universidade Federal Fluminense). São ensaios diversificados, tanto do ponto de vista de seus temas e objetos, como também de suas abordagens teóricas e metodológicas, refletindo a riqueza dos estudos contemporâneos na área.
Nesta coletânea, os leitores encontrarão diversas reflexões atuais e renovadas que ajudarão a reforçar o interesse dos pesquisadores profissionais por esse campo de investigação e também a atrair para ele a atenção dos estudantes e novos pesquisadores.

A Presença Inglesa Nas Finanças e no Comércio no Brasil Imperial
Carlos Gabriel Guimarães, 2012Este livro trata de duas trajetórias emblemáticas: a de um empresário nativo, celebrado e mitificado, o Barão de Mauá, e um forasteiro, o comerciante inglês Samuel Phillips, cujas experiências singulares propiciam ao autor a composição de um quadro vivido da história econômica em tempos conturbados, de emergência do Estado brasileiro em sua ossatura imperial herdada de Portugal, e de estranhamento do capitalismo em suas formas vanguardistas, bancária e financeira, entre nós. Carlos Gabriel encurta a temporalidade. Elege a experiência dos comerciantes, banqueiros e financistas Mauá e Smith como trajetórias privilegiadas para estabelecer aquela correlação entre passado e presente, num momento pleno de historicidade, tenso e dinâmico, que tornam comparativamente modorrentos os séculos coloniais. Para tanto se vale de um amplo cabedal de fontes primárias colhidas em arquivos nacionais e internacionais, atravessadas por um senso crítico apurado na vasta bibliografia compulsada. Um sólido estudo sobre o mais controvertido empresário brasileiro daquele século, quase um mito, que Carlos Gabriel busca depurar no confronto com a documentação.