Evento do grupo de pesquisa de mesmo nome liderado pelas professoras Doutoras Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves (UERJ) e Lúcia Maria P. Guimarães (UERJ) que coordenam o Laboratório Redes de Poder e Relações Culturais da UERJ, integrante do CEO/Pronex. O evento foi fruto de uma parceira Brasil-França, esta última representada pela ARBRE (Association pour la Recherche sur le Brèsil en Europe), pela EHESS (École des Hautes Études en Sciences Sociales) e pelo Institut Universitaire de France e o primeiro pelo Departamento de História da UERJ, representado pela Professora Doutora Tânia Bessone.

O evento compôs também as atividades de um projeto denominado “Os franceses não tomam banho? Caricaturas, clichês e estereótipos: a França no olhar brasileiro contemporâneo (séculos XIX-XXI)” e incluiu-se nas atividades do ano da França no Brasil.

Através de um simpósio, uma mostra de filmes e uma exposição, o evento discutiu os modelos, imaginários e estereótipos da França e dos franceses no Brasil, entre os séculos XIX e XXI. Assim, objetivou-se revisitar alguns aspectos das referências e do modelo francês na construção de um projeto nacional brasileiro, indo, no entanto, além das influências para tentar tentar compreender o “outro lado”. Em que medida a França foi, desde o século XIX, usada como anti-modelo para os diferentes projetos de construção das instituições, da nação brasileira e de diferentes dimensões da cidadania? Da mesma forma, em que sentido podemos também pensar que se criou no Brasil um imaginário sobre esse país europeu que não escapa da formação de clichês e estereótipos, nem sempre muito lisonjeadores e muitas vezes caricaturais? Nesses momentos de criação de modelos e estereótipos, esboçam-se também os próprios anseios da identidade brasileira.